Olá gente! O Brasil é repleto de um povo cheio e misturas, e claro...Nossos descendentes de japoneses estão rondando por aí , que por sinal, quando vejo um eu fico encantada kk
E vocês sabiam que ontem , dia 18 de Junho de 2015, foi comemorando 107 da imigração japonesa?
Vocês sabem o motivo por que eles vieram pra cá?
Bem, antes de realizar esse post, tive que fazer uma pesquisa e recolhi alguns informações que poderia responder essa pergunta. E se você é fã do Japão e não sabe essa história, é bom OBRIGATÓRIO saber.
Segundo dados do Portal Brasil, o Brasil tem a maior comunidade nipônica fora do Japão. São mais de um milhão e meio de japoneses que trocaram o país asiático pelo sul-americano. O Japão, por sua vez, acolhe a terceira maior comunidade de brasileiros no exterior, com mais de 175 mil imigrantes. Ai vem aquele pensando : "Como eu queria participar dos 175 mil imigrantes".
Em 18 de junho de 1908, Kasato Maru chegou ao porto de Santos em um navio que trouxe 165 famílias de japoneses. A grande parte destes imigrantes era formada por camponeses de regiões pobres do norte e sul do Japão, que vieram trabalhar nas prósperas fazendas de café do oeste do estado de São Paulo.
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Família de imigrantes em Birigui |
A vinda de imigrantes japoneses para o Brasil foi motivada por interesses dos dois países: o Brasil necessitava de mão-de-obra para trabalhar nas fazendas de café, principalmente em São Paulo e no norte do Paraná, e o Japão precisava aliviar a tensão social no país, causada por seu alto índice demográfico. A economia nipônica não conseguia gerar os empregos necessários para toda população, e para tentar reverter isso, o governo japonês adotou uma política de emigração desde o princípio de sua modernização, iniciada na era Meiji (1868).
Nos primeiros dez anos da imigração, aproximadamente quinze mil japoneses chegaram ao Brasil. Este número aumentou muito com o início da Primeira Guerra Mundial (1914-1918). Pesquisas indicam que de 1918 até 1940, aproximadamente 160 mil japoneses vieram morar em terras brasileiras. A maioria dos imigrantes preferiam o estado de São Paulo, pois nesta região já estavam formados bairros e até mesmo colônias com um grande número de japoneses. Porém, algumas famílias espalharam-se para outros cantos do Brasil como, por exemplo, agricultura no norte do Paraná, produção de borracha na Amazônia, plantações de pimenta no Pará, entre outras.
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O vapor Kasato-Maru ancorado no porto de Santos |
O começo da imigração foi um período difícil, pois os japoneses se depararam com muitas dificuldades. A língua diferente, os costumes, a religião ,o clima, a alimentação e até mesmo o preconceito tornaram-se barreiras à integração dos nipônicos aqui no Brasil. Muitas famílias tentavam retornar ao país de origem, porém, eram impedidas pelos fazendeiros, que as obrigavam a cumprir o contrato de trabalho, que geralmente era desfavorável aos japoneses. Mesmo assim, eles venceram estes problemas e prosperam. Embora a ideia inicial da maioria fosse retornar para a terra natal, muitos optaram por fazer a vida em solo brasileiro obtendo grande sucesso.
Durante o período da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), os japoneses enfrentaram muitos problemas em território brasileiro. O Brasil entrou no conflito ao lado dos aliados, declarando guerra aos países do Eixo (Alemanha, Itália e Japão). Durante os anos da guerra a imigração de japoneses para o Brasil foi proibida e vários atos do governo brasileiro prejudicaram os japoneses e seus descendentes. O presidente Getúlio Vargas proibiu o uso da língua japonesa e as manifestações culturais nipônicas foram consideradas atitudes criminosas.
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Família Japonesa em Bastos - 1930 |
Com o término da Segunda Guerra Mundial, as leis contrárias à imigração japonesas foram canceladas e o fluxo de imigrantes para o Brasil voltou a crescer. Marcou o início da reconciliação entre brasileiros e japoneses, e o perfil do imigrante japonês se modificou. Os nikkeis, como são chamados os primeiros imigrantes que vieram ao Brasil, deixaram de ser mão-de-obra barata e, por exigência de acordos bilaterais, passaram a ter acesso às escolas.Neste período, além das lavouras, muitos japoneses buscavam as grandes cidades para trabalharem na indústria, no comércio e no setor de serviços.
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Japoneses recém chegados, em embarcados para viagem na segunda classe de um trem do porto de Santos para o interior. Imagens cedidas pelo Museu da Imigração Japonesa. |
A partir da década de 60, famílias japonesas começaram a administrar seus próprios negócios. Os homens trabalhavam como feirantes, quitandeiros e tintureiros, e as mulheres, como costureiras e em salões-de-beleza.
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Vista da Fazenda Guatapará entre os anos 20 e 30 |
Na década de 70, já não era tão estranha a convivência entre as culturas japonesa e brasileira, e o número de casamentos entre etnias diferentes aumentou no país. Nessa época, o Japão se recuperou da crise econômica e passou ocupar um papel de destaque no cenário mundial. Hoje, o Brasil abriga a maior população japonesa fora do Japão.
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Desembarque |
Curiosidades:
- Estados brasileiros com maior porcentagem de descendentes de japoneses: São Paulo (1,9%), Paraná (1,5%) e Mato Grosso do Sul (1,4%).
- Denominações dos descendentes de japoneses: 1ª geração (isseis, imigrantes); 2ª geração (nisseis, filhos); 3ª geração (sanseis, netos); 4ª geração (yonseis, bisnetos).
Fontes :
http://www.suapesquisa.com/historiadobrasil/imigracao_japonesa.htm
http://www.aprendebrasil.com.br/reportagens/japao/
Bem galera, é isso aí. Nunca tinha parado pra ler direitinho essa parte da história, e nem na época do colégio eu parei kk,mas é muito interessante, principalmente pra quem gosta da cultura.Mas o post não acabou por aí. Quem mora em São Paulo, sabe que lá possui um bairro chamado Bairro da Liberdade, que é recheeeeeado de descendentes de japonese. Nunca cheguei a ir lá, mas morro de vontade, falta dinheiro kkk T.T
Lá é um bairro turístico que congrega a maior comunidade japonesa fora do Japão. Separei algumas fotos pra deixarem vocês com água na boca!
Bairro da Liberdade
É isso ai galera, um pouco de conhecimento histórico é sempre bem vindo!
Até mais!
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